Chapter thirty-nine

Uma semana se passou depois do nascimento da Catarina, tudo está como antes. A Manu continua em coma e os médicos disseram que por enquanto está tudo correndo bem, mas que não sabem quando ela irá acordar ou se irá acordar. A Catarina já foi pra casa, conversei com os pais da Manu e como o quarto dela lá em casa já estava pronto, ela vai morar comigo, mas sempre que eles quiserem ir ver a neta a entrada é liberada, até porque vou precisar muito da ajuda deles. Toda vez que olho pra minha filha lembro da Manu, e as vezes preciso ficar um tempo sozinho, minha mãe está me ajudando bastante, ainda tenho muito medo de dar banho na Catarina, trocar fralda, colocar roupa, isso tudo é minha mãe que faz. A amamentação estamos substituindo por um leite apropriado indicado pela pediatra. Nunca pensei que passaria por uma situação dessa, não tenho vontade de fazer nada, de comer, de nada. O Santos me deu uma semana de descanso, mas não sei se terei forças pra voltar a treinar sabendo que não vou ver mais o sorriso da mulher que eu amo.

                                               [...]

Estamos aqui no Albert Einstein, recebemos uma ligação do hospital avisando que o médico queria falar com a família da Manu, bom, aqui estamos nós esperando ansiosos para receber quem sabe uma boa notícia. A Catarina ficou em casa com a Rafaela e a Carol, não confio na minha irmã com uma criança, então chamei a Carol que já é mãe do Davi e era amiga da Manu. O médico apareceu e todos nós levantamos.

Dr Ricardo: bom dia, sou o Dr Ricardo e estou cuidando do caso da Manuela, como vocês sabem ela teve uma parada cardiorrespiratória que a deixou em coma. A Manuela estava respondendo muito bem, mas esses últimos dias seu caso piorou bastante, o coração está batendo muito fraco e como vocês sabem ela está respirando com ajuda de aparelhos. Não queria dar um diagnóstico adiantado pra vocês, mas sou médico, e só por um milagre a paciente acordaria e voltaria a vida normal, provavelmente se ela acordar, ficará em estado vegetativo o resto da vida. Estamos fazendo o possível para que ela volte e volte sem sequelas, mas ela não está respondendo, em casos assim, temos duas opções para a família. Permanecer a paciente em coma aqui no hospital, ou- ele pausou um pouco- desligar os aparelhos e a paciente vir a óbito.

Luís Carlos: NUNCA. Nem se minha filha ficar numa cama, eu jamais daria permissão pra vocês fazerem isso

Dr Ricardo: tudo bem, isso é uma decisão de vocês, que nós respeitamos.

Luís Carlos: eu posso vê-la?

Dr Ricardo: claro, me acompanhe para vestir a roupa.

Luis Carlos on

Depois que a minha filha entrou em coma nada na vida faz sentindo, eu e a Regina lutamos tanto por essa menina e mesmo que não seja sangue do meu sangue, essa menina sempre foi a razão por tudo que construí. Sempre fiz tudo por ela, e nada pensando em mim e agora ela está respirando com ajuda de aparelhos. Depois que o médico tirou totalmente minhas esperanças de ter minha filha de volta, pedi para vê-la, queria matar um pouco a saudade de olhar para aquele rostinho de anjo, mas queria mesmo era vê-la sorrindo. Entrei no quarto e ela estava do mesmo jeito que uma semana atrás.

Luís Carlos: você queria tanto ver essa menina que está aqui, agora que ela nasceu é você quem quer ficar dormindo? Ela é tão linda, meu amor, é a sua cara, tem os olhos do Juninho, o seu nariz, a sua boca e seu queixo, ela é toda você. Carinha de anjo. Por que você não acorda pra ver essa princesa e alegrar o seu pai? Estou sofrendo tanto, Manu, se pudesse voltar no tempo não teria dito a você nada daquilo e teria aprovado seu namoro desde o inicio, mas eu sou humano e erro, mas eu prometo que vou fazer tudo diferente. Volta pra mim, filha, é só isso que te peço.

Regina: volta pra gente- olhei-a e ela estava chorando, é o que mais estamos fazendo, abracei-a de lado e ficamos observando nossa menina- você sempre foi tão forte, tão guerreira, sempre lutou pelo seus sonhos e se me lembro bem, quando você era pequena, seu sonho era ser mãe de uma menininha, pra deixá-la que nem uma boneca e agora você tem essa oportunidade. Vem cuidar da nossa pequena Catarina, ela precisa tanto de você, mais do que nós precisamos- e desatou a chorar, abracei-a e achei melhor sair dali, tiramos a roupa e voltamos pra onde todo o pessoal estava. O Juninho já estava com a roupa e só esperou nós chegarmos pra entrar.

Neymar on

Voltei do hospital já tinha passado das duas da tarde, entrei em casa e a Rafa estava com a Catarina no colo e o Davi sentado no sofá observando a irmã, passei direto por eles e subi pro meu quarto, me joguei na cama e as lágrimas começaram a rolar pelo meu rosto. Que saudade de olhar todos os dias para o sorriso dela, ver os olhinhos dela brilhando ao saber qualquer notícia sobre nossa filha. Ela estava tão feliz com a chegada da nossa menina e agora não vai ter nem a oportunidade de conhecer a Catarina, que é todinha ela. Só os olhos são meus.

Nadine: filho, é hora do banho da Cat

Júnior: já vou- ela fechou a porta, sentei na cama e peguei o porta retrato que estava no criado mudo ao lado da cama. Peguei meu celular e procurei uma foto nossa, entrei no instagram e comecei a digitar.

neymarjr: Eu planejava muita coisa para nós dois, viagens, passeios com a nossa filha. Mas tudo isso foi interrompido. Onde quer que você esteja eu e a Catarina sempre vamos te amar incondicionalmente, não importa o lugar ou o tempo que passe, você sempre será o amor da minha vida.   

Em questão de segundos todos já perguntavam o que tinha acontecido com ela, eram fã clubes e mais fã clubes dela, fã clubes meus e até alguns desconhecidos. Saí do instagram porque hoje queria dar banho na Catarina, deixei o celular na cama e saí do quarto, indo pro quarto da minha pequena. A Manuela escolheu todos os detalhes do quarto da Catarina e está maravilhoso, o closet já está com todas as roupinhas que estavam na casa da Manu, fui pro banheiro que era todos em tons de rosa. Minha mãe estava despindo a Catarina e a Rafa e a Carol observando.

Júnior: mãe, quero dar banho nela hoje- as três me olharam-

Nadine: certeza?- assenti- então primeiro vê se a água está na temperatura certa, coloca o termômetro ali dentro- peguei o termômetro e coloquei dentro da banheira, esperei um pouquinho e vi a temperatura, mostrei pra minha mãe e ela disse que estava ok, lavei minhas mãos e peguei a Catarina no colo, dei um beijo em sua testa e coloquei-a na banheira, ela chorou no inicio mas logo parou- cuidado com a cabecinha, filho

Júnior: ta- lavei-a com todo cuidado do mundo, estava com medo, mas deu tudo certo, enrolei-a na toalha e coloquei-a no trocador, enxugue-a direitinho, limpei a pontinha do cordão umbilical e ela chorou novamente, coloquei a fralda e a vesti com uma roupinha quentinha-

Rafa: ta craque já- riu-

Júnior: ta na hora dela mamar?

Nadine: daqui meia hora- assenti, peguei minha filha no colo e fomos pro seu quarto, coloquei-a na cama e deitei ao seu lado- vai ficar aqui?

Júnior: vou- ela assentiu, fiquei fazendo carinho em seu rosto e ela me olhava atentamente, sorri ao lembrar que a Manu ficaria encantada se conhece a nossa filha. Tentei evitar, mas toda vez que olho pra Catarina é impossível segurar as lagrimas, sempre lembro da Manuela. Ouvi a porta sendo aberta e olhei pra ver quem era, os avós maternos-

Regina: posso entrar?- enxuguei as lágrimas e sentei na cama-

Júnior: claro- ela veio até mim e deu um beijo na minha testa, cumprimentei o Luís Carlos e a Regina pegou a Cat no colo-

Regina: deu banho nela?- assenti- oi amor da vovó- a Catarina olhava atentamente pra Regina e o Luis Carlos estava babando na netinha também- sua mamãe ia ficar tão feliz em vê-la

Júnior: vou deixar vocês a sós com ela- saí do quarto e desci, Davi estava brincando com seus dinossauros, me juntei a ele e até consegui dar umas boas gargalhadas, ele é a única pessoa que consegue isso, faço tudo por ele e pela Catarina, vivo pra eles. São tudo na minha vida-

Nadine: Davi, vovó fez o bolo que você gosta

Davi: já vo, vovó

Júnior: vamos, filho, papai vai com você- levantei e peguei-o no colo, fomos pra cozinha, sentei com ele e parti um pedaço de bolo, dei a ele e depois coloquei suco de laranja pro mesmo. Voltamos pra sala e fiquei deitado no sofá com o mesmo, a Regina e o Luis Carlos desceram e ficaram mais um tempinho com a gente.

                                                  [....]

5 meses depois...

Nesses cinco meses nada foi fácil, a Manu continuou não respondendo a nenhum tratamento que os médicos tentavam, e eu fui me acostumando com a dura realidade, não foi e nem é fácil, tento ir todos os dias pra São Paulo ficar um tempo com ela, mas em dia de concentração não dá. Cada vez que saio pro treino e que tenho que ficar concentrado é uma batalha pra deixar a Catarina, e está ficando cada vez maia difícil. Estou completamente apaixonado nessa menina e ela é grudada comigo, e está a cada dia mais parecida com a mãe. Linda. Os avós são todos babões, principalmente a Regina e o Luís Carlos, enchem minha filha de presente, passam em casa pra ver ela todos os dias. Depois de mim, a Cat é muito grudada com o avô materno, os dois têm uma sintonia fora do normal, acho lindo isso. O Luís Carlos é super protetor, que nem era com a Manu, e acho bom ele e a Regina ficarem perto da neta, é uma forma de suprir a saudade da filha. Os três primeiros meses foram muito difíceis pra mim e pra todos, mas eu tenho certeza que a Manu não iria quer ficar vendo ninguém sofrer por ela, e era o que mais ela me pedia, pra seguir em frente e ser feliz com a nossa filha. As primeiras baladas que frequentei depois do acontecimento foram difíceis, mas aos poucos fui voltando a minha vida normal, é difícil sair porque a Catarina ainda é muito dependente de mim, mas nenhuma balada é melhor do que ficar a noite toda acordada com as gargalhadas da minha filha. Isso é a melhor coisa. Em um dos churrasco que os meninos organizaram no Guarujá, acabei conhecendo uma menina, Natasha, ela me deu bastante força e está me ajudando muito em relação a Cat, sempre que dá vem aqui em casa me ajudar a cuidar da Catarina. E é muito importante eu dizer que estou ficando sério com ela, ela tem exatamente o mesmo jeitinho da Manu e é muito parecida de fisionomia também. Minha mãe e a Rafaela a odeiam, e a Regina morre de ciúmes quando ela chega perto da neta, mas entendem que é um direito meu conhecer novas pessoas, mas sempre deixei claro que a Manu sempre será o grande amor da minha vida. A Rafaela não entende muito isso, e sempre quando a Natasha vem aqui em casa ela da uma desculpa pra sair e acaba arrastando minha mãe junto, e hoje não foi diferente.

Natasha: não entendo porque elas não gostam de mim

Júnior: é muito recente pra elas ainda, as duas eram apaixonadas na Manu

Natasha: ok, mas você tem direito de seguir sua vida- assenti, ouvi a campainha tocando e fui atender, era a Bella. Bella é outra pessoa que me ajuda demais, toda vez que tenho concentração ela vem pra casa e fica com a Cat, está me saindo uma madrinha e tanto, é outra que não gosta da Natasha, e o padrinho da minha filha também não gosta, era o melhor amigo da Manu-

Bella: não precisa nem falar onde é o quarto da Cat que eu já to indo, e hoje vou levar ela pra Sampa comigo

Júnior: vai fazer o que?

Bella: passar o dia comigo, com a minha mãe, Regina e Gui

Júnior: ok

Bella: trago ela a noite- passou pela Natasha e revirou os olhos, subi atrás dela e entramos no quarto da Catarina, ela começou a arrumar a bolsa da Cat e parou por um segundo- escuta aqui, se você ensinar a Catarina a chamar esse projeto de piriguete de mãe, eu juro que corto seu pau fora

Júnior: Bella, eu jamais faria isso, a partir do momento que a Catarina começar a entender as coisas eu vou explicar tudo a ela

Bella: mesmo se você não explicasse, eu faria isso. E ah, vou leva-lá no hospital pra ver a Manu hoje, eles vão sugar o leite da Manu e dar pra Cat- começamos a fazer esse procedimento quando a Catarina tinha quase dois meses e deu super certo-

Júnior: ok, me manda foto de tudo o que vocês fizerem

Bella: sim senhor- ela foi até o berço, pegou a Catarina e a mesma acordou- oi dinda- encheu ela de beijos- da tchau pro papai- pegou sua bolsa e saímos do quarto, acompanhei ela até a porta, dei um beijo na Catarina e elas se foram-

Natasha: você é doido de deixar a Catarina sair com essa menina

Júnior: é a melhor amiga da Manu e madrinha da minha filha, confio nela- sorri, ficamos conversando sobre outras coisas e combinamos baladinha mais tarde.

Bella on

Peguei a Cat na casa do Júnior e saí rapidamente, porque não sou obrigada a ficar no mesmo ambiente que aquele ser. Nunca apoiei esse relacionamento repentino com essa menina, acho que ele foi rápido demais. Não faz nem um ano que a Manu entrou em coma e ele já está partindo pra outra. Coloquei a Catarina na cadeirinha, depois que ela nasceu equipei meu carro todinho pra ela, o Gui estava me esperando, entrei atrás com a Cat e fomos até o prédio da tia Regina, ela entrou atrás comigo e fomos pra São Paulo.

Regina: cada dia mais grande essa menina

Bella: e esperta

Regina: a namorada do Neymar estava lá?

Bella: infelizmente, essa menina não sai de la, parece chiclete

Regina: não gosto dela perto da Catarina

Bella: ninguém gosta, tia, só ele- ela riu. Chegamos em frente ao Albert Einstein, a tia Regina pegou a Cat e entramos, fomos direto pro quarto que a Manu estava e enquanto a enfermeira não chegava, ficamos mostrando a mamãe pra Catarina- é sua mãe, amor

Regina: olha que linda ela, igual você- a enfermeira entrou e começou o procedimento de retirada do leite, colocou na mamadeira e a tia deu pra Cat, que mamou tudinho. Catarina fica muito feliz quando vê a mãe, da umas risadas sem igual e é impossível não ficar contente vendo isso, acho que ela sente que está perto da mãe, mesmo não entendendo muita coisa [...] Passamos o dia todo no shopping, compramos vários mimos pra Cat, minha mãe é completamente apaixonada por ela e já veio com ideia pra eu arrumar neto pra ela. Fomos em um parquinho, eu e a tia Regina fomos em alguns brinquedos com a pequena e ela adorou. No fim da noite, voltamos pra Santos, deixei a tia na casa dela e foi um absurdo as duas se despedirem, segurei ao máximo as lagrimas, e na hora que o tio Luis Carlos desceu pra ver a neta foi impossível não chorar. A sintonia desses dois em sem igual. O Gui parou em frente ao prédio do Neymar, peguei as coisas da Cat e ele pegou as compras, peguei a pequena no colo. Apertei a campainha e quem atendeu foi o Júnior-

Bella: vai sair?- ele assentiu- ta zoando né?

Júnior: não Bella, minha mãe vai ficar com ela

Bella: você não percebe que essa menina ta te afastando da sua filha?

Júnior: Bella, não começa com noia- a Cat esticou os bracinhos e ele pegou-a-

Nadine: Bella, querida- me abraçou e cumprimentou o Gui-

Bella: coloca juízo na cabeça do seu filho, tia

Nadine: já tentei, mas não adianta

Júnior: vocês são chatas em, puta que pariu

Bella: amor, vou ficar aqui hoje, pode voltar pra casa

Gui: certeza?- assenti, ele selou nossos lábios, se despediu da Catarina, que adora ele. Depois da tia e do Júnior, saiu do apê-

Júnior: não precisava ficar

Bella: é minha afilhada

Júnior: tudo bem

Nadine: ela comeu que horas?

Bella: faz pouco tempo tia, acho que uns 45 minutos

Nadine: ata, amanhã é o pediatra dela, vou perguntar se já pode dar fruta

Júnior: que horas?

Nadine: 8h30min

Júnios: puts, cedo pra caralho

Nadine: faça o favor de acordar, porque o pai é você- ele revirou os olhos e subiu com a Catarina.

Neymar on

Voltei da balada bem cedo ontem, afinal antes das oito horas tinha que estar de pé. A Natasha dormiu comigo, mas não rolou nada, já até tentamos mas sempre travo na hora H, não consigo, só penso na Manu e na Manu. Acordei com o celular despertando e como a Natasha queria ir junto, chamei-a, fui tomar um banho e deixei-a arrumando a cama, troquei de roupa, dei um selinho nela e sai do quarto, entrei no quarto da Catarina a Rafa estava arrumando as coisinhas dela.

Júnior: estão prontas?

Rafa: sim, minha mãe ta trocando a Cat- assenti, esperei elas e descemos, a Natasha estava sentada na sala. Rafaela e dona Nadine me olharam e quase me mataram só pelo olhar, saímos de casa, Natasha foi na frente comigo e as duas atrás com a Cat [...] Chegamos em frente ao hospital, estacionei o carro e descemos, minha mãe deu o nome da Catarina na recepção e logo fomos chamados-

Dra Paola: bom dia Cat- pegou na mãozinha dela- como ta essa princesa?

Nadine: bem doutora, graças a Deus

Dra Paola: cade a vovó Regina?

Nadine: não deu pra vir hoje, está viajando a trabalho

Dra Paola: ah sim, vamos lá então- ela fez os mesmo procedimento de sempre. Pesou a Cat que está com 6.200 e 58 cm, vai ser baixinha igual a mãe. Viu a gargantinha dela e o ouvido, ouviu seu coraçãozinho e graças a Deus estava tudo certo-

Nadine: posso começar a dar algumas frutas?

Dra Paola: ainda não, Na, ela tem apenas 5 meses e o recomendável é que ela mame até os 6 meses ou até quando vocês quiserem dar, a partir do 6 meses já pode introduzir alimentos sólidos, ok?- minha mãe assentiu- vamos aproveitar que vocês já estão aqui e retirar o leite da Manu

Nadine: claro- saímos da sala e seguimos pro quarto da Manu, a Rafaela me parou e pediu pra falar comigo-

Rafa: essa menina vai entrar junto?

Júnior: qual o problema?

Rafa: é um momento nosso, Neymar- revirei os olhos e ignorei o que ela disse. Entramos no quarto da Manu e esperamos a enfermeira. Rafa pegou a Cat no colo e foi perto da Manu- olha sua mãe, meu amor- Catarina deu uma gargalhada gostosa-

Natasha: ela é linda- Natasha nunca tinha visto a Manu pessoalmente, mas a conhecia das redes sociais-

Dra Paola: vamos começar- a doutora retirou o leite e depois colocou na mamadeira, a Rafa deu pra Cat e a mesma mamou tudinho- mas essa princesa gosta do leite da mamãe- riu- é muito bom que ela mantenha essa relação com a Manu, é importante ela saber que a mãe está presente, mesmo estando nessa situação. E também é muito importante que nenhuma outra pessoa tente ocupar esse lugar- minha mãe me olhou indiscretamente, até a médica discorda do meu relacionamento- vou deixar vocês a sós com a Manu

Nadine: olha Cat, você é igualzinha a mamãe- saí de perto da Natasha e me aproximei da Manu, que saudade de conversar com ela, de beijá-la, de ver ela sorrindo. De ter sua companhia. Perdi as horas de quanto tempo ficamos ali com ela, a Catarina ama ficar pertinho da mãe, mesmo que não entenda nada, ela fica radiante e é só gargalhadas, e eu adoro ver minha filha assim e ficar perto da Manu.

neymarjr: Saudade absurda. #catarinanabarriga  ️ 

Rolei o feed, curti algumas fotos e vi uma que a Bella tinha postado da Catarina com o Gui.

bellaclark: Muuito amor esses dois! @manusettanni   

neymarjr: roubando minha filha ...   

Eu e a família da Manu optamos por não mostrar o rostinho da Catarina, mas é impossível quando se trata de mim, a mídia está perseguindo todos que eram amigos ou parentes da Manu para saber o que aconteceu com ela ou para ter acesso a alguma foto da Manu, e já conseguiram bastante, mas tento ao máximo preservar a imagem da minha filha, assim como fiz com o Davi. Saímos do hospital na hora do almoço, passamos no P6, falei com o Isaac e almoçamos, eu, Rafaela e minha mãe pedimos a sobremesa Manuela Settanni, Isaac fez para homenagear a Manu e eu fiquei muito feliz, toda vez que venho aqui só peço ela [...] Voltamos pra Santos, deixei a Natasha em casa e depois as mulheres da minha vida, me despedi da Catarina com muita dor no coração, ela não queria desgrudar de mim por nada, tanto é que tive que subir, fiquei brincando com ela e quando ela estava bem entretida com a Rafa, fui embora.